No voo até Portugal foi tudo muito tranquilo. Só na Itália, na alfândega, é que tinha uma policial federal que nos encheu a paciência. Também pudera, eu brasileiro, minha tia brasileira mas com o passaporte europeu pois ela tem dupla cidadania, a Célia nascida em Angola, com nacionalidade portuguesa pois Angola era colônia de Portugal, e morando no Brasil. A policial pediu os documentos, quis ver quanto dinheiro tínhamos, e falando rápido em italiano, parece que eles fazem de propósito. Mas foi só, uns 15 minutinhos de blá blá blá e de resto tudo certinho.
Fizemos a escala na Itália e embarcamos rumo a Lisboa. Para nossa surpresa o avô de Célia nos esperava no aeroporto. O sr. Antonio, Tonico. Ele estava na época com 89 anos, chamou um amigo taxista em sua cidade e foi nos buscar no aeroporto de Lisboa.
O sr. Antonio morava na cidade que se chama Entroncamento, fica a 100km de Lisboa. Ela tem esse nome pois lá existe conexões de trem para toda Europa, se não me engano quase todos os trens europeus passam pelo Entroncamento.
O Entroncamento é uma cidadezinha pequena, muito simpática. Ali ficamos por 5 dias, fazendo companhia ao sr. Antonio e à sra. Júlia, a Julinha, avós da Célia.
Kátia, a irmã de Célia, estava fazendo uma viagem pela Europa e iríamos nos encontrar no Entroncamento, assim todos poderíamos festejar em companhia dos avós.
Após os 5 dias de visita, emprestamos o carro do sr. Antonio, um opel 1000 cilindradas, parecido com o corsa que temos no Brasil.
Nosso trajeto era ir até Santiago de Compostela pelo litoral e voltar ao entroncamento pelo meio de Portugal, parando e visitando cidades, castelos, pontes, etc.
O sr. Antonio nos deu 1 litro de óleo de motor, para precaução, pois ele disse que o carro estava gastando mais óleo do que deveria.
Arrumamos as malas e lá fomos nós conhecer o lado norte de Portugal.
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